
Como produzir manjericão ?
Manjericão: para saber mais sobre sementeira, plantação....
Manjericão: para saber mais sobre sementeira, plantação....
Guia da cultura
O manjericão é uma planta perene, originária da Asia e Africa. Ao contrário do tomilho ou do alecrim, em climas mais frios, é cultivado como planta anual, porque requer tempo quente e ensolarado, durante todo o ano. Não desenvolve abaixo dos 12°C, é realmente sensível à geada, não tolerando temperaturas abaixo de 0°C ou simplesmente morrerá.
A planta pode atingir 0.5 a 1 metro de altura; para a maioria das variedades as suas folhas são verdes ovais de 3 cm de comprimento. No entanto, dependo das variedades, algumas delas têm folhas grandes, pequenas e outras têm cores vermelhas ou roxas... As formas das folhas também variam dependendo das variedades. O caule da planta tem uma secção quadrada (tal como muitas espécies das Lamiaceae).
Os solos frescos e bem drenados são os seus favoritos, mas pode adaptar-se a diferentes solos, logo que a temperatura suba na Primavera, e os terrenos comecem a aquecer. Para a germinação, as temperaturas ideais situam-se entre os 20 e 25°C. O mesmo vale para as temperaturas da cultura (nunca abaixo dos 12°C). A sementeira pode ser iniciada em abril ou maio para a produção ao ar livre. Logo a seguir à sementeira, é necessário regar bem, para que as sementes germinem. Deve regar bem o manjericão, a cada 7-10 dias, de modo a assegurar que as raízes recebem uma humidade adequada. As plantas cultivadas em recipientes secam mais rapidamente do que as de canteiros, por isso estas devem ser regadas com mais frequência.
Em vasos, a plantação pode ser feita durante todo o ano em estufas com uma densidade de sementeira de 40 sementes / vaso (para um vaso de 10-12 cm).
Em solo, a densidade de sementeira é de cerca de 100 plantas por metro linear com um espaço entre filas de 20 a 30 cm. A quantidade total de sementes necessárias para 1 ha é de cerca de 4 kg.
A fertilização é aconselhada, dependendo do tipo e carteristicas do solo. O seu ciclo dura aproximadamente 80 dias para ar livre e cerca de 45 dias para os vasos.
O manjericão é quase sempre colhido antes da floração, porque são as folhas que são interessantes e fontes de rendimento. Para evitar a floração e aumentar a produção de folhas, os produtores podem por vezes beliscar os caules principais, logo acima de um nó de folha. Após alguns dias, novos caules vão crescer a partir daí e produzir mais e mais folhas. Nos campos, a colheita pode ser feita à mão ou com ceifeiras mecânicas especializadas. Três cortes podem ser realizados numa estação, com um rendimento de 1 kg / m2 aproximadamente. Após o corte, as plantas devem ser refrescadas e armazenadas em câmaras frias.
O impacto do míldio e como evitá-lo
A doença mais problemática do manjericão é o míldio. O míldio é uma doença fúngica causada pelo fungo Peronospora belbahrii (um patogénico diferente dos que afetam outras culturas). Apareceu pela primeira vez na Suíça em 2001 e depois espalhou-se pela Europa, mas também pela África, América do Norte e do Sul. O agente patogénico propaga-se pelo vento e sementes (se contaminadas anteriormente). Os esporos permanecem vivos durante 7 a 10 dias no solo após a esporulação.
Os primeiros sintomas de míldio é o aparecimento na face superior da folha a formação de pontuações amarelas. À medida que a doença se desenvolve, com noites frescas e períodos de orvalho, por exemplo, as manchas expandem-se e tornam-se castanhas. Podem espalhar-se nos caules se a infeção não for combatida. Se a variedade de manjericão não for tolerante ao míldio ou resistente e as condições permanecerem favoráveis ao desenvolvimento da doença, pode matar completamente a planta.
As condições favoráveis são um elevado nível de humidade, durante um longo período, mas também temperaturas entre 12 e 27°C e um baixo nível de insolação. É por isso que se espalha sobretudo após dias tempestuosos e chuvosos. O desenvolvimento do míldio também pode aumentar se existir uma grande amplitude térmica entre o dia e a noite.
Eis uma lista de recomendações que podem ser utilizadas como medidas profiláticas para evitar ou retardar a infeção:
- Culturas de manjericão vegetal em solos bem drenados
- Limitar a alta densidade de sementeira ou plantação
- Irrigar de manhã e com rega gota-a-gota - Ventilação das estufas
- Limitar a fertilização azotada favorecendo a fertilização com potássio
- Desinfetar o equipamento de corte após cada utilização
- Cortar as plantas infetadas na base dos caules e destruí-las (queimar)
(Medidas propostas pelo ITEIPMAI, o instituto técnico qualificado pelo Ministério da Agricultura em França)
Danos no Fusarium

Outra doença que pode afetar a produção de manjericão é o Fusarium. Causada pelo fungo Fusarium oxysporum ssp. basilici, esta doença pode propagar-se rapidamente nos campos ou nas estufas. Nas jovens plantas, apresentam sinais de murchidão, as folhas secam a partir das extremidades, acabando por morrer em poucos dias. Na planta adulta, a infeção desenvolve-se com cancros castanhos escuros, localizados em algumas partes dos caules ou ramos. A parte da planta afetada tem uma grande probabilidade de morrer. As partes intactas da planta sobrevivem, mas as folhas podem desvanecer-se e tornarem-se "menos" verdes.
Quanto ao míldio, as medidas profiláticas têm sido amplamente utilizadas para combater a doença, bem como a utilização de variedades resistentes. O stress hídrico, humidade e temperaturas entre 25 e 28°C podem levar ao desenvolvimento do Fusarium. Aconselha-se também a utilização da aquecimento para a produção de manjericão, para que as folhas permaneçam secas e impeçam a propagação dos esporos do fungo

Manjericão: Descubra a sua riqueza
O manjericão é uma das ervas frescas favoritas na cozinha europeia. Na realidade, é muito utilizado em saladas ou para temperar certos alimentos. A sua principal utilização é sem dúvida nas saladas de tomate, onde as suas folhas são picadas ou deixadas inteiras.
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